Poucas vezes uma personagem virtual chamou tanto a atenção do público brasileiro quanto Marisa Maiô. Em apenas uma semana, ela transformou o que parecia fadado ao esquecimento digital em trending topics, campanhas publicitárias, discussões sobre inteligência artificial e até nostalgia da TV aberta. Mas quem – ou talvez o quê – é Marisa Maiô?
A ascensão meteórica
No início de junho de 2025, uma apresentadora de talk show, cheia de humor ácido e com cara de quem parou nos anos 90, apareceu nas timelines. Videos satirizando programas de auditório, tiradas inesperadas e uma estética carregada de VHS e paetês. Tudo parecia tão real, mas era ficção completa. Ou melhor, era IA. Marisa Maiô foi criada pelo roteirista e artista brasileiro Raony Phillips, que usou inteligência artificial para dar vida à apresentadora fictícia, sem elenco, estúdio ou roteiristas tradicionais. Segundo reportagem d’O Globo, bastou uma semana para acumular milhões de visualizações no Instagram e TikTok.
Ninguém sabia quem era Marisa, e de repente, todos já conheciam.
O detalhe mais fascinante? Marisa não é apenas um boneco digital. Ela conversa, responde e até debate como se fosse uma apresentadora experiente, misturando sarcasmo, intimidade e aquela vibe meio kitsch da TV brasileira. Essa potência não passou despercebida das marcas: em tempo recorde, foi incorporada em campanhas como a do Dia dos Namorados da Magazine Luiza, que usou o humor característico da personagem para criar conexão com o público jovem, conforme destaca o AdNews.
Por que marisa maiô viralizou?
A receita para viralizar, hoje, talvez seja menos sobre ser real e mais sobre saber o que mexe com a memória afetiva das pessoas. A personagem aproveita um saudosismo da cultura pop nacional, mas faz isso com um toque contemporâneo: roteiro ágil, interação digital constante e uma pitada de ironia que só existe mesmo na internet. É divertido, é esquisito e é propositalmente exagerado.
Esses componentes ficaram evidentes quando a personagem foi rapidamente inserida em contextos publicitários, como relatou a Meio & Mensagem, marcando um novo salto no uso de influenciadores de IA por grandes marcas brasileiras. O público não apenas aceitou, mas celebrou.
Mas há outro motivo para o sucesso: a escassez de filtros. Marisa não tem medo de ser direta, ácida ou até um pouco inconveniente – algo que, ironicamente, faz dela mais autêntica do que muitos influenciadores reais.
Influência programada vs. influência humana
Até pouco tempo, relevância digital era construída com base em autenticidade, carisma, vulnerabilidade e histórias pessoais. Era sobre mostrar os bastidores, as falhas, expor cicatrizes. Celebridades digitais surgiam da aproximação com o público: mostrar-se imperfeito virava passaporte para a confiança.
Com Marisa Maiô, surge uma nova lógica. Sua influência é fruto de conhecimento técnico, domínio de IA, prompts criativos e coleta sistemática de tendências. Tudo programado, roteirizado, ajustado para alcançar máximos de engajamento. Segundo a própria Wikipédia, Marisa tornou-se um dos primeiros avatares gerados por IA a atingir verdadeira popularidade com apoio de marcas, sem depender do carisma ou história real de uma pessoa por trás do perfil.
- Influência tradicional: Construída na base da exposição pessoal, carisma e conexão emocional.
- Influência programada: Guiada por dados, técnicas de engajamento, precisão nos roteiros e adaptação a tendências.
Curiosamente, o público, que dizia buscar “pessoas reais”, consome, curte e compartilha em massa personagens virtuais cada vez mais perfeitas e afinadas ao seu gosto. Essa contradição, meio sem explicação fácil, talvez seja um sintoma do cansaço diante do excesso de conteúdo egocentrado e previsível.
Credibilidade e conexão em tempos de algorítmo
Uma das maiores dúvidas que emergem nesse contexto é sobre a credibilidade. Em um universo saturado por conteúdos artificiais, quem ainda acredita na espontaneidade? Diulhio Candido, pesquisador do Venturus, sugere em análise publicada na Neofeed que uma produção simples e perspicaz pode conquistar mais do que produções altamente caras e complexas — e Marisa é a prova disso. Mas, ao mesmo tempo, cresce o desejo de ver algo humano emergindo à superfície.
Às vezes, o imprevisível cativa mais que o perfeito.
Segundo dados da DailyAI, influenciadores virtuais já apresentam taxas de engajamento até 3x maiores do que perfis humanos comparáveis. No entanto, enquanto as métricas crescem, pesquisas mostram que as pessoas ainda preferem histórias com aroma humano. É como se, diante de tanta perfeição e edição, a imperfeição voltasse a ter valor competitivo.
O paradoxo do humano e o futuro da influência
O crescimento dos influenciadores digitais elaborados por IA termina, inevitavelmente, por criar uma inquietação: o que significa ser real na internet, afinal? Será que, em um futuro próximo, apenas a autenticidade robótica será reconhecida como “autêntica”?
Pensa só: quanto mais conteúdo artificial surge, mais valorizamos sutilezas, erros, hesitações, aquele tropeço natural de quem fala sem ensaio. Talvez seja por isso que perfis, marcas e projetos que assumem falhas criam conexão genuína, mesmo entre tantas possibilidades digitais. Aqui na Light Internet, vemos diariamente como a proximidade, o atendimento personalizado e o ajuste fino à realidade específica de cada cliente fazem diferença — no digital, cada toque humano importa.
Não há uma resposta definitiva. Talvez a internet do futuro precise – ironicamente – de imperfeição para sobreviver. E talvez a próxima onda de influência seja feita de gente (ou IAs) que sabem rir de si mesmos e, acima de tudo, sabem onde termina o espetáculo e começa a conversa de verdade.
Conclusão: o impacto de marisa maiô e a lição para quem busca crescer online
Marisa Maiô não é apenas um fenômeno do entretenimento, mas também um marco na disputa entre o humano e o programado – um lembrete de que influência é, acima de tudo, conexão. Seja por meio da graça ácida ou da imperfeição, cresce quem entende que, por trás de todo algoritmo, existe sempre alguém buscando sentido.
Se você se inspira na história da Marisa e quer construir sua presença digital com estratégia, criatividade e resultados reais, conheça mais sobre a Light Internet. Traga sua ideia, conte sua história, e vamos juntos transformar em algo extraordinário. Afinal, seu projeto merece ocupar o palco principal da internet — com ou sem paetês digitais.
FAQ – perguntas frequentes
O que é Marisa Maiô?
Marisa Maiô é uma influenciadora virtual criada por inteligência artificial, que se apresenta como uma apresentadora de talk show inspirada na estética dos anos 90. Ela foi desenvolvida pelo artista brasileiro Raony Phillips e viralizou rapidamente nas redes sociais, satirizando programas de auditório e interagindo de forma humorística com o público.
Como Marisa Maiô ficou famosa?
Ela ganhou fama em junho de 2025 ao publicar vídeos satíricos que ironizavam programas de auditório brasileiros. Bastou uma semana para os vídeos acumularem milhões de visualizações no Instagram e TikTok, com repercussão em campanhas publicitárias de grandes marcas, como destaca reportagem d’O Globo.
Onde posso acompanhar Marisa Maiô?
Você pode acompanhar Marisa Maiô nos principais perfis das redes sociais, principalmente no Instagram e TikTok, onde a personagem posta vídeos, interage com o público e participa de campanhas.
Marisa Maiô é uma pessoa real?
Não, Marisa Maiô é um avatar digital criado inteiramente por inteligência artificial. Embora pareça ter personalidade, humor e comportamento próprios, ela é resultado de roteiros e tecnologia, sem uma pessoa real aparecendo em vídeo.
Como Marisa Maiô influencia as pessoas?
A influência de Marisa Maiô acontece principalmente pelo humor ácido, criatividade dos roteiros e pela habilidade de interagir nas tendências das redes sociais. Além disso, seu visual nostálgico e irônico conecta diferentes gerações e chama atenção de marcas que buscam alternativas inéditas para engajar audiências digitais. Dados da DailyAI apontam que influenciadores virtuais como ela conseguem engajamento superior a perfis humanos semelhantes.
